quarta-feira, 15 de setembro de 2010

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Nenhum céu eu te prometo
Também prefiro te chamar pelo nome
O céu foi prometido e entregue a uma noite passada
que ainda está com ele e sem coragem não o resgato.
Teu nome é tão particular que te chamar de outra coisa me deixaria tão confuso.
Que a nossa eternidade seja o presente
Que o nosso “pra sempre” dure até a última vez
Que a saudade também não se perca
Nem no espaço, nem no esquecimento
Para que assim possa te ver mais
Te ter mais.
Que eu não seja teu escravo, nem te tenha pela servidão
Mas que sejamos cúmplices um do outro
Não sejamos, portanto, carne um do outro
Nem posse
Entrega de mãos entrelaçadas e dadas.
Que a razão seja a fortaleza do nosso amor
E que o amor seja a riqueza desta razão.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nada


 E passamos os dias esperando aquele sorriso
 Esquecemos que a eternidade está passando
 E que entre nossos pés ficaram presas as poeiras dos caminhos descalços
 Nada mais pra fazer é tão pouco
 Tão muito que adormece as pernas
 As deixando imóveis
 Quando percebemos os cascos das feridas dos pés descalços
 Jogados na rua em poeira e pó da saudade
 Notamos a velhice nos olhares nossos
 E choramos nossa miséria diante de ninguém
 Esperar e andar sem esse rumo me deixa tão contrario do tudo
 Um nada sem explicações
 Se chorar não adianta mais, por que ainda vivo em lagrimas?
 Se sofrer é tão absurdo, por que ainda vivo para chegar a um amanhã?
 Desafios idiotas
 Vida idiota
 Existo, agora, sem um fim.