segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dois dias depois da eternidade

O computador ainda estava no chão,
O fone na cama.
A dor na cabeça – por uma noite que não dormi.
A chuva ainda faz frio
Ainda existe um gosto ruim na garganta
A idéia de superar é forte, como a vontade de te querer
Realmente acabou

Tudo correu como uma realidade
Existem 7 comprimidos idiotas e sem função
Existe um vazio infindável e muito, muito frio
O que farei se ainda estas em todos os lugares?
Sei que vou te sentir, então te chamarei de saudade

Agora somos dois e amanhã farão 3 dias do novo tempo
A humanidade nos matou e o que sobrou de nossos corações foi enterrado
O “pra sempre” será uma história desunida pela casualidade
Vou esperar ele ficar sem ar sob a terra.
Aí, sim, tentar resgatar sua carne e trazê-lo de volta ao peito

Essas batidas ainda doem,
Mas um dia ainda direi que não te amo mais,
Mesmo que para isso ainda viva uma eternidade sozinho
Sem sonhos ou um rumo correto
Mesmo que não tenha casas brancas e futuros que me fazem sorrir
Mesmo que nem precise chorar e ainda viva sem expressão por mais uma geração.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Recado

Quem me dera ser amor sem essa vergonha
Quem me dera ser sem limites do seu medo
Quem me dera amor ser seu amor autentico
Quem me dera não ser apenas um forte desejo

Meu amor, hoje te escutei e você me disse coisas sem sentido
Então que sentido me fez ficar se não o de um paladar amargo e seco?
Sou eu agora um andarilho sem futuro
Sem coisas de vida, sou apenas um segredo.

A minha frente se expôs a alucinação
Se expôs teu nudismo e teu sexo
Agora vejo teu suor e tua mão
E ainda enxergo o teu rosto satisfeito
Minha ilusão aperta meu tronco
E a respiração se torna fraca pela oportunidade
De não ser mais a única coisa
Que te faça realidade.

Você foi minha razão sem medo
Minha entrega e meu pecado
Agora me inspira, e realiza
A concretização do meu pior recado!